Vôos Blog(u)éticos de Ivy


"e falta sempre uma coisa, um copo, uma brisa, uma frase... E a vida dói quanto mais se goza, e quanto mais se inventa..." Fernando Pessoa

domingo, junho 30

-- Filme --

Spirit - O Corcel Indomável
Eu vi o trailler!
É muito lindo!





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-- :))) --
Faz escuro mas eu blogo
:)))))



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-- Reflexão --

EDUCAÇÃO PARA A MÍDIA
O fiofó da TV
Paulo José Cunha (*)

Já experimentou dar uma olhadinha pra saber o que está por trás da televisão? Isso mesmo, levante-se do sofá, dê a volta e vá espiar lá no "fiofó" dela (1). Achou? Pois é, você deve ter encontrado uma porção de fios, uns pininhos que servem pra ligar a antena, o videocassete, o DVD, o seu provedor de canais a cabo, essas coisas. Nada que você já não conheça, não é?

Desculpe a brincadeira, mas lhe pedi pra ir bisbilhotar lá no "velho quincas" (2) da dita cuja exatamente para que você comece a observar não apenas o que se esconde atrás da caixa, mas, sim, o que pode estar por trás do que a caixa transmite. O nome disso é educação para a mídia. Se quiser, pode chamar também de desconfiômetro. Os mais exagerados chamam também de produto da teoria da conspiração. Pois que seja.

Tenha o nome que tenha, o fundamental é jamais perder de vista que ninguém deve se entregar passivamente às mensagens da televisão. Quer conhecer o truque que eu uso em casa? É bem simplesinho. Toda vez que assisto televisão com minha filha de 10 anos por perto costumo discutir com o apresentador, com o repórter, com o animador de auditório. Questiono. Xingo. Concordo. Sugiro aspectos que podiam ter sido tratados. Aí pergunto à minha filha o que está achando. Quando ela simplesmente não me chama de chato ou de maluco por conversar com quem não me ouve, faz observações bastante pertinentes. Isso me alegra. Adoro quando ela chama de burro um apresentador de sucesso.

E aí percebo que estou ajudando a criar uma espécie de anteparo crítico, uma defesa básica que, no futuro, acredito que vá servir de alguma forma para que ela seja uma telespectadora questionadora. E isso inclui até o aprendizado mais fundamental e o mais difícil de todos: o de saber a hora em que é melhor desligar a tevê e ir cuidar de uma planta ou ler um livro. A rigor, nem sei se esse truque vai mesmo funcionar no futuro. Mas estou lutando com as armas de que disponho. Se alguém conhecer outras, me ensine. Acho que estou ajudando a formar uma telespectadora exigente, pavor dos programadores de televisão.

Esta exigência – ou desconfiança – passa também pelo questionamento de alguns fatos aparentemente normais. Quer ver um? Outro dia o Lula estranhou estar sendo convidado para debates na Globo, na Record, na Band, no SBT. "Eu às vezes fico pensando: será que é porque eu estou em primeiro lugar que tem tanto debate?"

Capaz que seja. Fui revirar papel velho e achei uma revista Imprensa de 1999, com a síntese dos debates do 6º Seminário Internacional de Telejornalismo. No encontro, o próprio Lula contava que Fernando Henrique, na eleição do ano anterior, fora se queixar a Roberto Marinho de que se a Globo continuasse a falar de seca, fome e desemprego ele terminaria perdendo a eleição. Franklin Martins, presente ao encontro, rebateu dizendo que não sentiu essa pressão. Pode ser. Mas só isso já serve para a gente pensar um pouquinho em como é que se constrói a tal de "agenda setting".

No mesmo seminário, o então editor-chefe do Jornal Nacional, Mário Marona, justificando a ausência quase completa de cobertura das eleições de 98, explicava: "Não gostamos de horário eleitoral. Nós consideramos isso autoritário, não aceitamos o horário eleitoral gratuito com a facilidade que os políticos gostam de usá-lo, os candidatos tinham duas horas por dia para dizer o que quisessem, nós chegamos à conclusão de que quem tem duas horas por dia está muito bem servido. Quem quiser, que veja".

Ora, de quatro anos pra cá o mundo mudou tanto assim para a Globo já não dar mais bola para o horário gratuito e abrir espaços generosos à cobertura da campanha? Ou será que não é hora de ir olhar lá no "fiofó" da tevê pra saber o que de fato anda acontecendo? Memória é pra se usar, senão enferruja: alguém se lembra que FHC não participou de debate algum na campanha da reeleição? Todo mundo sabe o por quê. Quem está à frente nas pesquisas não ganha nada com debate, só tem a perder. Como o desgaste pela ausência é menor, então é melhor não ir. Só pra lembrar: José Serra, candidato oficial do sistema, está mal das pernas nas pesquisas, e ameaça não decolar. Aí vale a pena até mesmo abrir espaço para Lula, desde que Serra também ganhe o seu, não é mesmo?

Olha, pode até ser que não seja nada disso. Mas que dá pra desconfiar, dá. E justiça seja feita: jamais a Globo e as demais emissoras cobriram tanto um processo eleitoral como agora. Ora, nada neste mundo é de graça. Os donos das emissoras fazem parte da elite empresarial comprometida com a manutenção do establishment, não é mesmo? Então, é sempre bom ligar o desconfiômetro. Jamais vou esquecer o dia do lançamento da nova moeda, o real. A ordem, na Globo, era falar dela em todos os telejornais. Falar muito. Até sobre o desenho daquele camponês (ou camponesa?) das moedas tinha-se que falar. Não se explicava por que, mas restava clara a existência de um acordo com a finalidade de solidificar a moeda que chegava. Agenda setting, lembra? Nome pomposo para o velho "falem mal, mas falem de mim".

Por tudo isso, embora o cheiro em grande parte das vezes não seja dos melhores, recomendo, como parte da educação para a mídia, mandar o pessoal ir dar uma espiadinha lá no "velho quincas" da tevê, pra saber o que, de fato, está acontecendo.

Notas
"Fiofó" – S.m. Bras. Pop. V. ânus (Dicionário Aurélio, 1986, Ed. Nova Fronteira, Rio de Janeiro, RJ);
"Velho Quincas" – Idem (Grande Enciclopédia Internacional de Piauiês, Paulo José Cunha, 2001, Ed. Corisco, Teresina, PI).

(*) Jornalista, pesquisador, professor de Telejornalismo, diretor do Centro de Produção de Cinema e Televisão da Universidade de Brasília. Este artigo é parte do projeto acadêmico "Telejornalismo em Close", coluna semanal de análise de mídia distribuída por e-mail. Pedidos para




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são 17 h de domingo... Parece que todos os xxx.blogspot.com estão fora do ar :(



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sábado, junho 29

-- Mais eu! --

Tem tb esse poema que eu ganhei do di Cavalcanti :))))



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-- Eu na web --

La Stoducto enviou aviso de que colocou meu Vandalismo lá no Letra de Corpo. E eu mesma ainda nem atualizei na minha página :)



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-- Reflexão --

Poesia é subversão.
Poesia é transgressão e invenção.
Como uma criança molda massinhas no pré-escolar,
o poeta molda palavras,
brinca e solta um verso livre
ou configurado na forma livremente escolhida.
Pouco importa.
Lau Siqueira in Manifesto Contra o Fundamentalismo Literário



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-- Novidades --
Mais 2 links aí ao lado :))))



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sexta-feira, junho 28



* * Eu confio no Zé Dirceu.
E vou votar no PT.
E você?





e sem medo de ser feliz! :)))))))




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terça-feira, junho 25

-- Por falar em malucos --

Sou capaz de não rir de algumas piadas do Casseta & Planeta,
mas... a César Maia...quem resiste????
Principalmente quando ele se acha no direito de acusar a outrem de
desequilibrado emocional... Aí é demais!



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-- Coisas que só acontecem comigo(?) --

Ontem pela manhã, ao ligar o computador, adivinhem qual mensagem surge na tela???
SEU COMPUTADOR JÁ PODE SER DESLIGADO COM SEGURANÇA
Fazer o que? Obedecer, né? :)
Religuei e ele me pediu que entrasse em modo de segurança.
"Ok, ok, você venceu!"
Depois reinicio e volta tudo a ser como deveria ter sido!
PCs, tsc...tsc...
:))))



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-- Ainda vícios --

Celular x Cigarro

Dôra Limeira

Um dia desses, fiz visita a uma amiga, coitada, dependente de celular. Logo que cheguei na casa dela, nos cumprimentamos e... lilililili... toca o celular. Ela me larga feito uma pateta no meio da sala e vai lá pro cantinho, e tome dez minutos, quinze, e eu ali, pateta, já tava me sentindo com a cara toda melada de pastel. Aí minha amiga me oferece: quer um suquinho? Eu, desolada, quero. Minha amiga vai lá dentro, sempre agarrada ao celular, não larga nem pra ir buscar o suco. E eu, na sala, pacientemente esperando... trililili... trililili... a musiquinha horrorosa todo instante lá dentro... e tome 10 minutos, quinze, uma vontade imensa de fumar, olho pros quatro cantos da sala e vejo numa parede aquela rodinha horrorosa, burra, antipática dizendo apague essa idéia em cima de um cigarrinho... eu penso: é muita petulância. Nilze, v. já pensou se eu andasse pra todo canto vestindo uma camiseta com aquela rodinha horrorosa dizendo pra meus interlocutores desligue essa idéia em cima de um celularzinho???? Pois é... você era uma das que iam me chamar de chata, burra, antipática e ia sofrer o que sofro quando vejo aquela logomarca de apague essa idéia na minha frente... Mas, voltando à minha amiga que fui visitar. Ela trouxe o suquinho, por sinal muito doce, horrível, e começamos a papear. Quase que enlouqueço. De instante em instante, uma musiquinha trilililililili....... trililililili.... Eu, muito educada, queria estrangular o celular, jogá-lo contra a parede mais próxima, mas, como dizia, eu, muito educada, me continha. Teve uma hora que ela me pergunta se eu gosto de Brahms, eu disse gosto, ela colocou o cd 3a Sinfonia e parece que a paz ia reinar. Menina!!! Quando Brahms tocava um movimento lindo, o mais bonito, o diabo do celular respondia com aquele movimento escabroso trilililili... eu já nem digo coitado do Brahms que já é morto... eu digo coitada de mim que ainda tô viva. E agora? Nem podíamos papear, em respeito a Brahms fazendo parceria com o celular, nem eu podia fumar, nem nada. Que sufoco!!! Terminou o cd, silêncio momentâneo. Mais breve que momentâneo. Porque o celular continuou com sua milésima nonagésima nona sinfonia com enésimos movimentos intermináveis... trilililili... trilililili... Minha amiga, muito neurótica, ainda tentou ensaiar algum comentário sobre a copa, a derrota da Coréia e a torcida coreana muito educada frente a derrota... deixei escapar o comentário que na televisão não vi ninguém atendendo celular durante os jogos da Coréia, nem mesmo derrotados, eles não buscaram "alívio", que povo educado, acrescentava eu... Minha amiga não gostou do meu comentário, e me disse que tinha algumas coisas pra fazer, me despachando assim, eu, novamente com cara de pateta, me sentindo com meu lindo rosto todo melado de pastel. Nos despedimos apressadamente. Nunca mais, meu Deus... nunca mais.
Detesto auto-piedade. Graças a Deus que esse vício de auto-piedade eu não tenho... Mas sofro tanto ... tanto... tanto... quando um papo é interrompido com aquela musiquinha... Fico com tanta pena de mim, por que eu, meu Deus? Coitada de mim... Eu não tenho, nem quero, nem uso o de ninguém, mas sempre acho um dependente de celular pra me aperrear e inda por cima me passar sermão... que desdita, essa minha...
Nilze, espero que você tenha gostado deste texto. Quantas vezes você atendeu o celular enquanto me lia? Se atendeu a três ou mais vezes, você está precisando seriamente de ajuda. Procure um grupo de mútua ajuda, desses de anônimos, tipo CAn, Celularistas Anônimos.





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domingo, junho 23

-- da HP do Fred --

Ausências - Fred Matos

De ausências fio esta teia,
onde enredado me acho.
A meada trouxe do berço,
primeiro porto dos medos
onde antevi meu fracasso:
a mãe negou-me os seios
o pai negou-me os braços,
neguei-me aos meus anseios
e lancei-me embaraçado
nas sendas que permeiam
as ilusões, que me atam
numa racionalidade vácua
que me nega fé aos fados,
aos deuses, ao abstrato.

Os deuses me negam esteio.
Eu lhes nego meus atos.




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-- Recebi por mail --

CURSO PRÁTICO DE DRAMATURGIA

MÓDULO I: Como escrever uma novela de Glória Perez

Pegue um assunto da área médica que esteja na moda: clonagem, transplante de coração, mãe de aluguel... Convide Victor Fasano, Raul Gazzolla, Eri Johnson e Guilherme Karam para o elenco.
Escreva diálogos sem sentido, crie personagens desajustados e esqueça todo e qualquer compromisso com a verossimilhança. O personagem masculino principal tem que ser interpretado por um péssimo ator (ou um ator que esteja em um péssimo momento). Não há explicação para este fenômeno, mas o fato é que as terríveis interpretações de Victor Fasano (Barriga de Aluguel), Ricardo Macchi (Explode Coração) e Murilo Benício (O Clone) ajudaram a levantar o ibope das novelas. Os personagens suburbanos são fundamentais, devem ser bastante explorados.
Mas também é imprescindível criar um núcleo que tenha costumes bem diferentes dos nossos, como muçulmanos ou ciganos. E uma mocinha deste núcleo tem que viver um amor impossível com um mocinho de fora do núcleo.
Do meio para o fim da novela, crie uma campanha social, tipo a busca por filhos desaparecidos ou a luta contra as drogas.
Tudo isso temperado com cenas longas, chatas, arrastadas e sem sentido.

MÓDULO II: Como escrever uma novela de Benedito Ruy Barbosa

Ma non há dificuldade, cazzo! Este é lo módulo ma facile.
Antonio Fagundes é inimigo de Raul Cortez. Ma é tutto buonna gente.
O bambino de uno ama a bambina d'outro. Totto mondo parla italiano com sotaque de portunhol. Os italiano tutto vem morar no Brasile. Os namoratti se separam ma depois de uno ani o ragazzo vê a ragazza na rua, já com uno bambino nos bracci. Depui de um tempo, o ragazzo descobre que o bambino é filho dele, ma non crê. Mai 10 anos se passam. O ragazzo (que já non é tão ragazzo) declara tutto su amore para la ragazza (que também já non é mai tão ragazza). No finale, os personagens principales fazem as pazes e todas las familias se juntam para dançar la tarantela.

MÓDULO III: Como escrever uma novela de Carlos Lombardi

Uhuuuuu, e aí parceiro? Você visa escrever uma novela do Lombardi?
Demorô, isso é mole pra gente. A parada é a seguinte, tu pega a Danielle Winits e bota os peitos dela bem a mostra. Daí tu chama os irmãozinho Marcelo Novaes, Humberto Martins e Marcelo Faria pra firmar. Os cara vão pegar geral e a mulherada vairodar de mão em mão.
Os camaradas não são mole não, se mexer com eles, é porrada em todo mundo. E se a polícia for atrás, os manos são sagaz, fogem durante 15 capítulos e ninguém encontra. Ah, não se preocupa com história não, o lance é botar mulher gostosa com vestido curto e homem bonito sem camisa, a audiência vai lá em cima, cara! E não esquece da Betty Lago, hein! O papel dela é certo: uma madame histérica. É tiro certo mano, podis crer.


MÓDULO IV: Como escrever uma novela de Aguinaldo Silva

Ô bichinho, invente uma cidade porreta, que fique lá no sertão nordestino. Tem que ter uma igrejinha, as carolas fuxiqueiras, um político danado de safado e um mistério daqueles de arrancar cabelo de careca. Eita, não pode esquecer do forasteiro, que vai botar a vidinha do povo da cidade de pernas pro ar. E pra aumentar esse furdunço, tem que ter um namorico bem quente. Mas o cabra vai ter que cortar um dobrado pra ficar com a moça, afinal de contas, rapadura é doce mas não é mole não. Claro que sempre tem uma mulher mal amada pra azedar o acarajé dos outros e um corno vingativo que vai atazanar a vida do casal. Mas no fim, fica tudo certo, até o político safado consegue um novo mandato.











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-- Novos links --

Atualizei ali ao lado :)
Vale conferir.



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sábado, junho 22

-- Dúvida --

Estou avaliando, seriamente, se retiro o sistema de Comentários ou o Blog do ar.




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sexta-feira, junho 21

-- Fotografia --

Adoro fotos.
Ainda não olhei todas, mas nesse site tem cada uma...!!!!!
Até toalhas penduradas no banheiro fazem o cotidiano mais iluminado :))))




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-- Ajuda --

Preciso de foto de uma asa-delta, vista de cima, acho q nas cores vermelho/laranja/amarelo.
Quem acha?:)))))



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quinta-feira, junho 20

-- Dependente celular --

Nilze Costa e Silva

Confesso: sou uma dependente celular . Sei que é muito chato ter que confessar isso, mas já não posso enganá-los. Espero que continuem gostando de mim do mesmo jeito.
Quando estou dando aula, o celular toca e eu digo: "desculpem esqueci de desligar, só vou atender porque penso que é urgente". (Que mentira mais deslavada, meu Deus) e aí falo baixinho: me liga depois que estou em grupo.
É isso: o maníaco celular passa a ser um fino mentiroso e rouba o próprio e combalido salário.
Adoro a musiquinha do meu celular (orient), que é sempre a mesma há anos.
Fico com raiva quando um outro toca a mesma música, que gente invejosa! E desesperada quando não a ouço e leio a mensagem: "chamada não atendida". Quem terá sido? Olho pro meu celular, angustiada, e pergunto: por que você deixou a pessoa lá, sem resposta, hem?
Durmo com ele debaixo da cama e assim que acordo dou-lhe logo o café da manhã: carrego-lhe a bateria.
Já pedi aos familiares que o coloquem junto a mim no meu caixão mortuário (espero que não seja tão cedo), pois quem sabe alguém não vai ficar insistindo? com certeza, pelo menos desta vez e para sempre, não vai dar
ocupado...
Será que no outro plano existe celular? Se não houver, não fico.
Se é uma droga, sou dependente, peço compreensão, mas não aceito o tratamento. Não agora, por favor. Você não imagina o que seja a abstenção celular. É terrível! Um dia fui assaltada, me puxaram a bolsa e lá se foi o bichinho. E se o assaltante tivesse falado "ou o celular ou a vida?" Sei não...
E quando ele passa meia hora sem tocar? É um sofrimento. Olho a bolsa de instante a instante. "Será que está com defeito, a bateria descarregou?"
Fico triste e deprimida. Se estou numa roda de amigos, todos notam. Os mais solidários, sabendo do meu vício, se afastam um pouco e vão até o telefone público. Meu celular toca. Nervosa, quase não acerto o botão C.
Era só pra dizer um oi (em seguida uma gargalhada, pois tem gente que não entende quem é dependente celular).
Um dia quase tomo uma overdose: uma amiga passou 40 minutos relatando um história triste e tive pena dela. "Não entre nessa, companheira! Desligue e vá para o fixo"!
Talvez um dia eu vá para um grupo de "celuláteros compulsivos". Quem sabe aí eu me cure.
Ele já está tocando a essa hora. Fico por aqui.
ps: Esqueci de dizer que já tenho um calo na orelha esquerda (só atendo de umlado. Os celuláteros têm a sua marca registrada. Cada doido com sua mania).
E que muitas vezes o confundo com o controle remoto e tento mudar de canal.



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terça-feira, junho 18

-- Perdição --

às vezes me p e r c o
pelas conversas,
pelas leituras,
pela poesia
e a hora p a s s a,
fugidia.
Ivy - 17/6/00



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domingo, junho 16

-- Ah!!!!!!!!! --

Minha gatinha, sumida amanhã faria 1 mês, reapareceu!
(sorriso de orelha a orelha)
Tá magrinha, miando sem parar, mas aparentemente está bem.






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-- Poeminhas femininos --
1


AINDA BEM QUE EU NÃO DEI


Ainda bem que eu não dei
Ainda bem que não rolou
Ainda não foi dessa vez
Que teu jogo funcionou
Imagina se ontem eu tivesse dado
Acreditado no seu tipo de apaixonado
E hoje você mal falou comigo
Mandou um oi meio de amigo
Como se nada tivesse rolado
Imagina se eu tivesse liberado...
Não adiantou seu jeito meloso
Implorando prá eu ir te ver
Teatro de primeira, se achando o gostoso
Crente que eu ia dar prá você
E você ia sumir de qualquer jeito, sem motivo
E eu ia achar que o problema era comigo
Que bom que você sumiu antes de se revelar
É ótimo não ficar esperando o telefone tocar
Agora, cê que fique na vontade
Nem adianta insistir
E quando seus amigos perguntarem
Encara e diz: Não, não comi!
Ainda bem que eu não dei
Ainda bem que não rolou
Se situa, meu bem
Joga limpo que eu dou

--------------------------------------------------------------------------------

2

AINDA BEM QUE EU DEI

Ainda bem que eu dei
Sem fazer tipo, sem fazer jogo
Assim é muito mais gostoso
Tava tudo mesmo pegando fogo
Dei querendo dar
Dei sem encanar
Dei sem me preocupar
Se amanhã cê vai ligar

Pode sumir, pode espalhar, pode desaparecer
Foi mesmo uma delícia dar pra você
Se quiser de novo, fica a vontade
Não tenho medo de saudade
Dei na maior fé, na paz
Foi SIM, e não TALVEZ
E se você ainda quiser mais
Pega a senha, entra na fila
e espera sua vez

Ainda bem que eu dei
Tudo lindo, tudo zen
Só uma perguntinha:
Foi bom pra você também?

--------------------------------------------------------------------------------

3

QUE MERDA, EU DEI

Que lixo, que desperdício
Que triste, que meretrício
Que sóio, que papelão
Que merda, que situação...

O que parecia ser tão bom
Foi sem cor, sem gosto, sem som
Quero esquecer que aconteceu
Não, acho que não era eu

Não sei como eu fui cair na sua
Nesse seu papo de ir ver a lua
Devia estar a fim de ser enganada
Bêbada, carente, triste, surtada
E você se aproveitou desse momento
Fingiu-se de amigo, solidário no sentimento
Mas no fundo sabia bem o que queria
Como é que eu fui cair nessa baixaria?

Chega, vê se me esquece, desaparece
Finge que não me conhece
Foi ruim, ridículo, sem sal
Vazio, patético, foi mal
Que merda que eu dei
Já esqueci, apaguei
Tchau, querido, tenho mais o que fazer
Melhor comer sorvete na frente da TV...





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-- Abelha na cabeça --

Estava digitando essa matéria pra revista e gostei. Resolvi colocar aqui tb :)

Deu abelha na cabeça!!!

Paulo Sant´Anna, associado da Api-Rio

Sim senhor, deu abelha na cabeça! Mas, até que tudo ficasse esclarecido... Foi assim. Nossas amiguinhas se instalaram em poste de rua movimentada, com camelôs pelas calçadas e, como sempre, fazendo o maior fuzuê. Vez por outra algum desavisado pegava uma espetadinha na orelha. Havia sempre um engraçadinho que, "sem querer", batia no poste com um ferro de barraca. Olhava absorto querendo entender por que de um dia para o outro as abelhas resolveram usar como saída a cabeça, o alto do poste, e não mais o orifício mais abaixo como sempre faziam.
Absorto com o vaivém das abelhas, ouvi alguém perguntar: "Que bicho deu?" (aqui no Rio, "que bicho deu" pode ser: o que aconteceu?, o que está acontecendo?, o que houve?, qual o problema?...) Pois bem, respondi sem pestanejar: "Abelha na cabeça". A gargalhada da turma chamou-me à real. Era uma senhora de meia-idade, que havia feito a pergunta e, de bate-pronto, com cara de zangada, interpelou-me: "Está fazendo hora com a minha cara ou depois de velho virou engraçadinho?". Aí não deu pra ninguém... até eu mesmo comecei a rir.
Como para a turma da calçada tudo é motivo de graça, imaginem minha situação. Exatamente naquele poste colavam o resultado do jogo do bicho. O incidente rendeu uma aula pública de apicultura. Mostrei à senhora as abelhas entrando e saindo carregadas de pólen, falei que ali dentro tinha mel, cera, geléia real e o veneno das abelhas ajudava no tratamento de artrose, decerto havia própolis e por aí.
Estávamos nesse papo agradável quando uma vendedora de bijuterias chegou esbaforida, dizendo a meia-voz: "Deu zebra, pessoal!" (era a senha para avisar da chegada da guarda municipal).
Em segundos o grupo se desfez. A maioria jovens na faixa dos 20 anos. Universitários com matrícula trancada, outros com pouco estudo, morando em favelas, acuados pelo desemprego, pelo tráfico, pela guarda, mas de qualquer modo tentando sobreviver com um mínimo de dignidade, até mesmo escrevendo o jogo do bicho, em que de fato "vale o que está escrito".
Ia despedindo-me da senhora quando um guarda, aproximando-se, perguntou-nos: "Algum problema?" Ela, sem perder tempo, apontou para as abelhas e respondeu de modo jocoso: "Sabe, meu filho, é que deu abelha na cabeça... do poste!". Prendendo o riso, fomos embora conversando um pouco mais.



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-- sobre mensagens --

"ninguém liga a mínima para o *jeito* "certo" de responder uma mensagem, até porque há filosofias contrárias que pregam justamente "deixar todo o rabo à mostra" (da mensagem, bem entendido) como sendo o "certo".
Tudo uma questão de gosto pessoal.

Fico imaginando: em 1980, quando eu trocava correspondência com pessoas que eu "pegava" em revistas, se a moda recomendada fosse a de devolver a missiva anterior junto com a própria carta, em breve cada cartinha teria alguns quilos..."
Victor M. Sant´Anna,
com todo o meu apoio :)
Será q assim dá pras pessoas entenderem o porquê limpar as msgs antes de enviarem?



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terça-feira, junho 11

-- Aniversários --

Adoro aniversários!
E hoje é o MEU!!!!!!!!!
:))))))



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quinta-feira, junho 6

--Poema de Alberto Caeiro (Fernando Pessoa) --

Se eu morrer novo,
sem poder publicar livro nenhum
Sem ver a cara que têm os meus versos em letra impressa,
Peço que, se se quiserem ralar por minha causa,
Que não se ralem.
Se assim aconteceu, assim está certo.

Mesmo que os meus versos nunca sejam impressos,
Eles lá terão a sua beleza, se forem belos.
Mas eles não podem ser belos e ficar por imprimir,
Porque as raízes podem estar debaixo da terra
Mas as flores florescem ao ar livre e à vista.
Tem que ser assim por força. Nada o pode impedir.

Se eu morrer muito novo, oiçam isto:
Nunca fui senão uma criança que brincava.
Fui gentio como o sol e a água,
De uma religião universal que só os homens não têm.
Fui feliz porque não pedi cousa nenhuma,
Nem procurei achar nada,
Nem achei que houvesse mais explicação
Que a palavra explicação não ter sentido nenhum.


Não desejei senão estar ao sol ou à chuva -
Ao sol quando havia sol
E à chuva quando estava chovendo
(E nunca a outra cousa),
Sentir calor e frio e vento,
E não ir mais longe.

Uma vez amei, julguei que me amariam,
Mas não fui amado.
Não fui amado pela unica grande razão -
Porque não tinha que ser.

Consolei-me voltando ao sol e a chuva,
E sentando-me outra vez a porta de casa.
Os campos, afinal, não são tão verdes para os que são amados
Como para os que o não são.
Sentir é estar distraido.

Alberto Caeiro, 7-11-1915



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terça-feira, junho 4

-- Essa tal de comunidade blogueira --

Num espaço de umas 3 horas conheci virtualmente e pessoalmente a Paula.
Todo mundo sabe que gosto de encontrar as pessoas que conheço aqui da net, mas tão rapidamente assim nunca aconteceu :)
E não liga pra isso de ficar conhecida como a "menina que bloga de calcinhas" não.
Há quem blogue sem elas :))))))))))



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-- O Cabaré Alemão no Blá Blá Blá Café --

No mínimo, supreendente.
Do embevecimento ao sorriso, do sorriso às gargalhadas.
Obrigada ao Sérvio pelo prazer em conhecer e ao grupo pelos bons momentos.
Ah! e desculpem a invasão ao camarim :))))))



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-- Poema do dia --

CONVERSA DE BOTEQUIM
Newton de Lucca

Se não te entrego
-- aqui e agora --
o soluço mais íntimo do ego
ou o último impulso
de meu ser em declínio
é porque obedeço cego
a esse estranho desígnio
de apenas me perder
perdidamente
na fímbria sem fim de teu fascínio...



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segunda-feira, junho 3

-- Tem certas coisas que eu não sei fazer I... --

Batata frita!!!!!!

Consigo fazer um bacalhau ao zé do pipo e só consigo fazer batata frita se forem aquelas pré-cozidas!

Dicas já testadas:
1. deixar de molho na geladeira
2. aferventar antes de fritar
3.controlar quentura do óleo

Qualquer outra dica é bem-vinda :))))




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sábado, junho 1

-- Ainda! --

Como o bicho-carpinteiro ainda não se aquietou, estive pesquisando sobre como construir um fogão a lenha :)))
Achei lá nesse site muito mais coisinhas :)))

Pelo comentário da kri....





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